Inflação: o que é isso afinal? Embora seja um termo muito conhecido, inclusive de quem não é um especialista no assunto, pode ser mais amplo do que se imagina.
Na economia, é usada para medir a variação dos preços de produtos e serviços no mercado.
Normalmente, é calculada por mês, mas é possível obter a taxa em um outro período, como anual ou semestral. Também se pode determinar um número para um certo tipo de produtos ou serviços, ou uma região geográfica.
A partir de agora, entenda melhor o que é inflação e seus tipos. Sua concepção será diferente após ter conhecimento de todas essas informações.
O que é inflação?
Como já mencionado na introdução, inflação é a variação de preços. No entanto, é importante lembrar que essa oscilação deve ser positiva e contínua para estar enquadrada neste termo.
Esses números servem como um aviso de que algo não vai bem na economia de um país e, principalmente, em sua gestão. Quanto mais alta for a variação, maior será o problema.
Nessa conjuntura, os gastos públicos são mal gerenciados e há indexação e letargia das atividades econômicas.
Suas consequências são sempre negativas, principalmente quando a renda das famílias não acompanha a variação dos preços. Quanto mais baixos são os proventos dos trabalhadores, mais problemas a inflação pode causar.
Pessoas que não costumam investir em aplicações que suprem essa perda também são afetadas negativamente.
Isso acontece principalmente pelo fato de uma quantia de dinheiro não ter o mesmo poder de compra um tempo depois, em função do aumento de preços.
Quais são os tipos de inflação?
Ao saber o que é inflação, entender as suas categorias se torna mais fácil. Na estrutura financeira vista no Brasil atualmente, ela pode ser classificada em inflação de demanda, de custo ou oferta, estrutural ou inercial. Conheça a seguir cada uma delas.
Inflação de demanda
Como o nome diz, é um tipo de inflação que depende da procura de um determinado item, que aumenta bruscamente, independentemente do motivo.
Isso se acentua quando a oferta não consegue suprir as necessidades dos consumidores que buscam esse produto. É a definição da chamada lei da oferta e da procura.
O aumento de preços é uma maneira de equilibrar a economia.
Inflação de custo
Também chamada de inflação de oferta, se caracteriza pelo fato de o aumento ser decorrência de motivos que incidem sobre o produto ou serviço.
A elevação das taxas de juros pode ser responsável por esse tipo, assim como oscilação de salários, tarifas públicas em geral e combustíveis.
Inflação estrutural
É bem parecida com a inflação de custo, mas a subida de preço não se dá exatamente pelo aumento da oferta de um determinado item pelo público, mas, sim, por uma ineficiência na sua produção.
Em detalhes: um produto estar em falta, ainda que não seja tão procurado por seus clientes. Neste caso, o que ocorre é uma falha dos órgãos envolvidos em sua fabricação, que deixam de produzi-lo em número suficiente para atender à demanda de seus consumidores.
Inflação inercial
Também é denominada inflação psicológica, por não ter uma razão concreta por sua ocorrência, como o aumento da demanda. É influenciada principalmente por um comportamento do público consumidor ou do próprio mercado.
Isso está bastante relacionado com a memória inflacionária, que é um conjunto de razões pelas quais se acredita que um determinado item sofrerá aumento de preços. Dessa maneira, mesmo que não esteja sendo procurado à exaustão ou qualquer outro motivo já relacionado anteriormente, há a oscilação positiva.
No Brasil, esse tipo de inflação foi comum nas épocas de aumento de preços exagerados, principalmente nos anos 70 e 80. Muitos contratos tinham cláusulas de reajuste autoaplicáveis, o que aumentava as chances de subida nos números.
A seguir, tenha mais informações sobre um outro conceito, que se mistura com a inflação: a deflação.
O que é deflação?
É simplesmente o inverso – quando o índice de preços para o consumidor tem uma baixa. É uma queda de valores, que pode ser significativa ou não, em diversas categorias de produtos.
Mesmo que pareça algo bom, este conceito pode ter características negativas. É bem verdade que o valor real do dinheiro aumenta, pois com um determinado valor se pode comprar mais do que em um período de inflação.
Porém, a deflação também pode estar ligada à recessão. Os preços podem baixar por falta ou severa diminuição nas vendas e, evidentemente, se não há procura, o efeito não pode ser diferente.
Quem mede a inflação no Brasil?
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o responsável pelo cálculo dos índices. Tanto a variação quanto a sua comparação com os períodos anteriores (geralmente meses) fazem parte do trabalho.
Quatro índices determinam a inflação:
- IGP – DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) – Sob responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), verifica os preços de todo o processo de produção. Matérias-primas, tanto agrícolas quanto industriais, produtos e serviços intermediários e finais, e telefonia são algumas das suas atribuições;
- IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – É calculado, pelo IBGE, o custo de vida médio de famílias, cujas rendas estejam na faixa de 1 a 40 salários mínimos mensais. Essas pessoas vivem nas 11 principais regiões metropolitanas do Brasil, e a variação de preços é vista em mais de 28 mil estabelecimentos comerciais.
O que é o Home Broker?
- IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) – Verifica os preços do comércio atacadista e varejista, bem como os valores praticados na construção civil. A pesquisa se dá entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. É usado como parâmetro em contratos de aluguel e serviços públicos.
- INPC (Índice Geral de Preços ao Consumidor) – Traz a variação do custo entre famílias, cujas rendas estejam entre 1 e 5 salários mínimos mensais.
Você acabou de saber o que é inflação, seus tipos e índices. Para saber mais sobre o mercado financeiro e suas novidades, acompanhe as atualizações do blog e acesse o conteúdo já postado. Caso tenha dúvidas ou alguma sugestão, deixe seu comentário abaixo.
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