Barkus & IP Mangueira: a educação como ferramenta de inclusão e liberdade financeira
- 22 de junho de 2022
- Por Comunicação Barkus
Fazer um curso profissionalizante é, sem dúvidas, uma das melhores alternativas para quem busca entrar ou se desenvolver no mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Roberto Marinho, pessoas com certificação em um conhecimento técnico têm mais oportunidades de emprego formal e chances de evolução na carreira do que aquelas que possuem apenas o ensino médio completo.
Pensando nisso, desde 2000, o Instituto Profissionalizante Mangueira tem o objetivo de profissionalizar e acompanhar o desenvolvimento de jovens e adultos para inseri-los ou reinseri-los no mercado de trabalho. O Instituto faz parte do Programa Social da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba da Comunidade da Mangueira, localizada na zona norte do Rio de Janeiro.
Cabeleireiro, manicure, pedicure, auxiliar de eletricista e operação de logística são algumas das mais de 10 opções de cursos oferecidos gratuitamente pelo IP Mangueira. Mas existe uma matéria em comum em todas essas formações: o módulo de Educação Financeira oferecido pela Barkus.
O objetivo dessa soma de forças, segundo a Psicóloga e Coordenadora de cursos do IP Mangueira, Carla Maria Casagrande, é poder capacitar, qualificar, encaminhar e educar a nível financeiro. “Queremos que essas pessoas pensem em seus futuros, por isso, nossa proposta é entender e planejar junto com esse jovem a sua vida pessoal e profissional, para gerar um impacto positivo também na qualidade de vida das pessoas assistidas aqui dentro do IP Mangueira.”, explica Carla.
Marielle Gomes é uma das alunas do IP Mangueira que passou pelo curso de cabeleireiro em agosto de 2021 e, além de iniciar em uma nova profissão, também entendeu como lidar melhor com o dinheiro em uma nova fase da vida.
“Antes de passar pelo curso no IP Mangueira eu já fazia minhas anotações, mas sempre faltava dinheiro no final do mês. Hoje em dia é tudo contado, até comprei um planner financeiro, onde faço as anotações. Comecei a entender melhor onde eu mais gastava e descobri que eu e meu marido gastávamos muito em lanche. Então, consegui me organizar bem melhor. Não posso falar que hoje em dia sobra dinheiro, mas também não falta.”
Foi por meio do professor Carlos Batalha, conselheiro do IP Mangueira e atual coordenador de Programas de Educação Financeira para Órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que o Instituto se conectou à Barkus para criar um módulo de Educação Financeira que busca entender a realidade do público atendido pelo IP Mangueira para uma formação personalizada.
Para Batalha, o conceito de Cidadania Financeira define bem como o acesso à Educação Financeira deveria ser entendido por toda a população como um direito essencial. Segundo o Banco Central, Cidadania Financeira “é o exercício de direitos e deveres que permite ao cidadão gerenciar bem seus recursos financeiros”, ou seja, é administrar o seu dinheiro de maneira consciente, planejando o seu uso e poupando ativamente.
Por isso, para diminuir desigualdades, é importante capacitar o quanto antes esse jovem para que tenha uma gestão de carreira mais eficiente. “A conquista do primeiro salário para a maioria das pessoas significa o momento de realização dos primeiros grandes sonhos de consumo, quando, na verdade, deveria ser momento para as primeiras lições sobre não gastar tudo o que se recebe, pensando no futuro. Isso depende diretamente da Educação Financeira.”, explica Batalha.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Serasa, 25% da população negativada no Brasil tem de 18 a 30 anos. Ainda de acordo com a pesquisa, os jovens adultos de periferia são a maioria do público endividado no país. Dentre as possíveis causas desse alto nível de inadimplência podemos destacar: alta da inflação, alto índice de desemprego, a ausência de educação financeira e o tabu em falar sobre dinheiro. Tais fatores somados colaboram para esse quadro preocupante.
A Educação Financeira tem um importante papel no combate à pobreza e às desigualdades sociais, oferecendo ferramentas para que a população tenha mais liberdade de escolha e segurança financeira. Por isso, pensar em ações de incentivo focadas nos grupos mais vulneráveis é a nossa missão e não vamos deixar ninguém pra trás.
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