Estudos apontam que questões financeiras causam mais brigas nos relacionamentos do que ciúmes :O

Uma das técnicas para lidar com isso é não discutir sobre dinheiro propriamente, e sim falar sobre planos. Isso ajuda a gerenciar expectativas e quebra as barreiras emocionais que o sistema límbico impõe inconscientemente.

Bom, mas como começar a resolver essas questões? 

1. O primeiro passo é reservar um dia só para essa conversa. Dê uma volta com @ companheir@, relaxem, brinquem, namorem. Daí então comece a falar sobre os sonhos que vocês têm em conjunto e vá introduzindo os números aos poucos.

2. Evite guardar segredos e esconder contas. Isso pode tornar as coisas insuportáveis. Transparência é essencial em todos os setores de um relacionamento, inclusive nesse. Conheço pessoas que tinham vergonha de admitir a própria situação financeira para @ cônjuge e se endividavam só para manter a imagem. A médio prazo, isso é insustentável.

3. Algumas perguntas devem ser feitas: O que você espera da vida financeira de vocês? Pra daqui um ano? Ou 10 anos? Ter um propósito ajuda a visualizar melhor o panorama. É importante estabelecer pelo menos uma meta em conjunto nessa primeira discussão.

4. Outra informação que deve ficar esclarecida nessa primeira conversa é um ponto delicadíssimo, muito sensível principalmente na cultura do brasileiro: saber quanto exatamente cada um ganha. Leve em consideração nesse número tudo mesmo: 13º, bônus, extra… importante lembrar que tem que ser líquido, tá?

5. Podemos traçar um paralelo entre saúde financeira e as máscaras de oxigênio que caem no avião quando há uma emergência: você precisa botar a sua antes de ajudar a pessoa do seu lado. É indispensável que seu planejamento financeiro PESSOAL esteja em dia antes de você estabelecer algo em conjunto. Vocês são um casal, mas continuam tendo CPFs e digitais diferentes. Mesmo que tenham despesas em comum.

6. Qual o custo de vida do casal? Podemos considerar para essa conta os gastos em conjunto: aqueles que, caso deixem de ser cumpridos, impactarão na vida de ambos. Logo, entram nessa conta: Aluguel, contas da casa, compras do mês, escola dos filhos, lazer do casal, financiamento de um automóvel que é usufruído pelos dois, plano de saúde familiar e coisas do gênero.

7. O que a grande maioria dos casais não sabe, e que eu considero um dos itens mais cruciais do planejamento em comum é manter a proporção na hora de quitar os gastos. Vou dar o exemplo usando mesmo casal de amigos meus do outro post: Isabella ganha R$3710 de salário e Leo ganha R$3290, o que dá o total de R$7000. Juntando os todos os gastos do custo de vida do casal (Condomínio, Contas de Luz, Gás, Combo de Internet e TV a cabo, Compras do mês, Parcelas das coisas compradas para a reforma e decoração do apê, IPTU, Taxa de incêndio, Diarista quinzenal e um pequeno valor que eles guardam todo mês para uma reserva de emergência caso haja algum imprevisto na casa) o total despendido é de R$3850/mês. Para calcular a proporção será necessário fazer uma regra de três: Se o total de “dinheiro disponível” para o orçamento é a soma do salário dos dois (100% = R$7000), quantos % o salário da Isabella (X = R$3710) representa nisso? Finalizando esse cálculo, encontramos o valor de 53% (logo a parte do Leo são os 47% restantes). Para saber o valor em reais, basta aplicar as porcentagens no valor das contas da casa (53% de R$3850 = R$2040,50/47% de R$3850 = R$1809,50). Assim fica equilibrado e ninguém se estressa à toa 😉

8. Estipular como os investimentos para os planos do casal serão realizados: De quanto será o aporte mensal necessário? Por quanto tempo? Cada um irá investir individualmente? Ou usarão algum recurso para investir em conjunto (ex. robôs de investimento com a Warren)?

Feitos esses 8 passos, suas vidas financeira e amorosa irão de vento em popa 😊. Espero ter ajudado!